‘Preciso viver meu luto’, diz Isabela Tibcheran namorada de Rafael Miguel

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Isabela Tibcheran disse que quer ‘paz’ e ‘justiça’. Pai dela está foragido.

A namorada do ator Rafael Miguel, Isabela Tibcheran, de 18 anos, disse nesta quinta-feira (13) que quer paz e justiça. O pai da jovem, o comerciante Paulo Cupertino Matias, de 48 anos, matou o rapaz e os pais dele no domingo (9), em frente à casa onde a filha mora, no bairro Pedreira, Zona Sul de São Paulo. O homem está foragido.

“Quero que isso acabe. Que isso se resolva. Quero justiça e quero paz. Preciso viver meu luto. Estou cansada. Bem cansada”, disse a jovem em entrevista concedida no escritório de seu advogado, na região do Ibirapuera.

Emocionada, Isabela afirma que desde o dia do crime não conseguiu descansar e assimilar o que aconteceu. “Eu preciso chorar e aceitar, porque estou com a sensação de que ele vai voltar. Eu não quero esquecer, mas não quero remoer. Eu só quero ter paz. A situação é extremamente dolorosa e triste. Está me tirando do eixo.”

Ela é categórica ao afirmar que não voltará para a casa. “Um ambiente extremamente tóxico, com lembranças ruins. Eu não tenho motivos para estar lá”, disse. “Nem que desse eu voltaria para lá. Não tem a menor possibilidade. Nunca foi um lar.”

A jovem está na casa de uma amiga. Ela, o irmão e a mãe continuam se falando. “Eu pergunto como eles estão, se estão comendo. Estamos conversando.”

Dia dos namorados

Isabela contou que passou o dia dos namorados, celebrado na quarta-feira (12), no cemitério, ao lado do túmulo onde os corpos de Rafael e dos pais dele, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50, estão enterrados.

Ela levou flores azuis. “É a cor preferida dele. Não podia deixar passar em branco. Foi bom para não deixar no esquecimento.”

Relacionamento

A jovem disse que o contato entre ela e Rafael começou pelas redes sociais. “Ele era normal, humilde. Sempre foi bastante piadista, engraçado e inteligente.”

O namoro foi descoberto pelo pai em novembro. “Ele disse que deveria ter dado um tiro na minha cabeça quando eu nasci”, afirmou. “Talvez a forma de amar dele seja distorcida.”

A jovem acrescentou que, apesar de desaprovar o relacionamento, o pai não tinha dado sinais de que cometeria o crime. “Eu imaginei que pudesse agredir, ameaçar, maltratar, mas isso, não. Não havia ameaças ainda.”

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