Conversas revelam como grupo negociava os aparelhos roubados e faturava R$ 30 mil por dia. Além de uma brasileira, boliviana e peruano faziam parte do esquema, segundo a polícia.
Com a venda de telefones e de suas peças, a quadrilha chegou a faturar R$ 30 mil em grandes eventos, de acordo com a polícia.
A brasileira Amanda Martins Rodrigues da Silva e a boliviana Nancy Jhanet Apazia Quinones foram presas por agentes em uma hotel na Lapa, Centro do Rio. O peruano Tadeo Efrain Carazas Quin, que vinha utilizando uma identidade falsa em nome de Marco Antônio Quispe Carazas, foi preso pela polícia quando desembarcava em São Paulo.
Em conversas interceptadas pela polícia, o bando negociava os aparelhos roubados:
– “Faz um desconto pra mim, eu tô pegando quatro aparelho off contigo”, diz o receptador.
– “Escuta eu tenho aqui, eu tôu com três aparelhos, é… offs. Como é que eu faço pra levar você?”, disse a boliviana.
Segundo o jornal O Globo, só na sexta-feira (27) foram registradas 45 ocorrências na Cidade do Rock e 204 no sábado (28).
As investigações reuniram policiais da 52ª DP (Nova Iguaçu) e da 56ª DP (Comendador Soares), integrantes do grupo da Projeção do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos (JETGE) para o Rock in Rio. A ação contou ainda com o apoio da Polícia Civil de São Paulo.
Todos são suspeitos de crimes de furto, receptação, uso de documento falso e organização criminosa.
Os policiais identificaram Efrain praticando um furtos na sexta-feira (27) na área do Rock in Rio.
Nos levantamentos, os policiais descobriram que cada integrante tinha funções bem definidas:
- Um distraía a vítima
- Outro furtava o telefone celular
- Um terceiro retirava o aparelho da área do evento e vendia a receptadores
Tadeo Efrain Quin é apontado como um dos chefes da quadrilha que tem São Paulo como o seu escritório central. Efraim foi preso ao desembarcar na rodoviária da Barra Funda com a identidade falsa.
Com Amanda e a Nancy, os policiais encontraram telefones celulares furtados no Rock in Rio.
Os investigadores descobriram ainda que com a chegada de grandes eventos, os integrantes da quadrilha viajavam para as cidades e aliciavam pessoas da localidade para a prática dos furtos. Em algumas ocasiões, segundo os policiais, eram utilizadas garotas de programa para auxiliarem no crime.
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