Entre março e junho, Enel registrou 1.560 incidentes provocados por pipas em que precisou desligar a rede de distribuição de energia em bairros da capital.
número de incidentes provocados por pipas na rede elétrica de São Paulo aumentou 205% entre março e junho comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 1.560 incidentes em que a Enel precisou desligar a rede de distribuição de energia na cidade para retirar pipas.
As zonas Leste e Sul foram as mais afetadas, seguidas das regiões Oeste e Norte. Já na rede de alta tensão, o número de casos pelo mesmo motivo passou de 1 para 9, com mais ocorrências na Zona Sul.
Normalmente, as pipas são avistadas no céu da capital nos períodos das férias escolares. Mas durante a pandemia de Covid-19, a prática ganhou força – principalmente entre os mais jovens.
No bairro José Bonifácio, na Zona Leste, os moradores, preocupados com tantas pessoas soltando pipa, registraram a aglomeração.
“A gente pede, conversa com o pessoal tudo, mas, infelizmente, a falta de consciência é enorme aqui”, afirma o líder comunitário Alberto de Oliveira, presidente do CDC Itaquera
A Enel afirma que a operação para retirar pipas da rede elétrica é perigosa e demanda tempo com a energia desligada.
“Nós fazemos com frequência esse trabalho de retirada de pipa. As pipas são um dos grandes ofensores da falta de energia na nossa área de concessão. Num dia como hoje, por exemplo, que é um dia que está bonito, não está ventando e não está chovendo, e acaba a energia na nossa casa, muitas vezes um pipa foi o causador dessa falta de energia”, explica Vinícius César de Lima, gerente de operações da Enel.
A empresa pede que a população não tente recuperar nada que esteja pendurado na rede elétrica. “Somente técnicos da distribuidora, treinados para este trabalho que exige o uso de equipamentos de segurança, estão aptos a manusear a rede”, explica. A Enel lembra ainda que soltar pipas perto da rede elétrica é extremamente perigoso, sob risco da linha ou da pipa enroscar nos fios, ocasionando choques.
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