O setor automotivo cobra créditos tributários ao governo; e teme impacto do fim do auxílio emergencial na economia. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos de Moraes, salienta que a pandemia reforça a urgência da reforma.”O que acontece com as empresas é que o sistema tributário gera créditos exportação e demora, obviamente, para restituir e isso piora a situação de maneira geral. Isso não é só do setor automotivo, outros setores também têm a mesma dificuldade”, explica.
Os valores dos créditos são bilionários. As vendas cresceram em julho sobre junho, o que demonstra um bom sinal. No entanto, elas estão 30% abaixo quanto comparado ao mesmo período de 2019. A retomada econômica ainda é cheia de incertezas. “A demanda depende de vários fatores. Estamos muito preocupados com o desemprego aumentando no segundo semestre, com o momento em que o governo deixar de aportar esses recursos na economia, como fica a economia? De forma geral a indústria está preparada para retornar, a gente fez uma pesquisa e vimos que as pessoas estão interessadas em trocar de carro, mas por conta do risco de perder o emprego, alguns adiaram a compra por três meses ou por seis meses”, afirma. No acumulado do ano, a produção de veículos registrou queda de 48%, representando 900 mil unidades contra 1.741.000 do mesmo período do ano passado.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos