Objetivo é ‘melhoria e ampliação da segurança operacional’, diz Metrô. Estimativa de custo de projeto é de R$ 69 milhões.
O Metrô de São Paulo irá instalar câmeras que fazem reconhecimento facial, tecnologia que permite a identificação de pessoas por meio de imagens dos rostos. A novidade faz parte da implantação de um novo sistema de monitoramento eletrônico para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
Segundo o Metrô, o objetivo é “a melhoria e ampliação da segurança operacional do sistema com o aumento do parque de câmeras”. O edital para a compra deste novo sistema foi lançado no final de junho no Diário Oficial do Estado.
Nele, a companhia usa, como referência de orçamento para o projeto, o valor de R$ 69 milhões. As propostas serão apresentadas por empresas ou consórcios no dia 20 de agosto.
Além das câmeras novas, a compra vai contemplar a elaboração do projeto, o fornecimento, instalação e testes de equipamentos de imagem com alta capacidade para as instalações do Metrô. Hoje, o monitoramento é feito com câmeras analógicas e outras digitais. Nem todas estão integradas aos centros de controle operacional (CCOs), segundo o Metrô.
O novo sistema de monitoramento, além de reconhecimento facial, prevê a identificação e rastreamento de objetos e de áreas invadidas. Ele terá uma autonomia de 30 dias para armazenamento de imagens.
Experiência na Bahia e no Rio de Janeiro
O uso de reconhecimento facial em câmeras instaladas em locais públicos ainda é incipiente no Brasil. Na Bahia, a tecnologia começou a ser usada no carnaval, quando um suspeito de homicídio de 19 anos foi preso curtindo o carnaval vestido de mulher.
Em abril, na Micareta de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, a Secretaria de Segurança Pública baiana (SSP-BA) registrou 33 prisões após identificações pelo sistema de reconhecimento facial. Mais de 1,3 milhão de foliões tiveram os rostos capturados pela nova tecnologia, o que gerou 903 alertas para as unidades policiais instaladas nos trajetos.
Em uma estação rodoviária de Salvador, uma mulher suspeita de atuar no tráfico de drogas foi presa no dia 13 de julho. De acordo com a SSP-BA, Eliene Santos Correia, 39 anos, é a primeira mulher foragida da Justiça a ser flagrada pela tecnologia.
Já no Rio de Janeiro, a experiência começou com um tropeço. No dia 9 de julho, uma mulher foi detida por engano em Copacabana, na Zona Sul, depois de ter sido confundida pelo sistema de reconhecimento facial da Polícia Militar.
Os policiais acreditavam estar prendendo uma foragida da Justiça, acusada pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. A confusão foi desfeita na delegacia. A mulher detida por engano teve sua identidade checada, e os agentes confirmaram que não se tratava da pessoa que eles procuravam.
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