Mercado reduz projeção de queda do PIB 2020 de 5,95% para 5,77%

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A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,95% para 5,77%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, consta no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC). A publicação, que traz a projeção para os principais indicadores econômicos, também aponta expectativa de crescimento de 3,50% para o índice em 2021, mesma previsão há nove semanas consecutivas. Para 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

Além das estimativas para o PIB, as instituições financeiras também ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 1,72% para 1,67%, neste ano. Há seis semanas consecutivas, a estimativa de inflação em 2021 permanece em 3%, enquanto para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente. A projeção para o índice em 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, segundo relatório desta segunda, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano. Vale ressaltar que quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. Em contrapartida, quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

*Com informações da Agência Brasil

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