Fuvest vai reservar 50% das vagas para candidatos de escolas públicas no vestibular 2021

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No ano passado, 40% das vagas foram destinadas às cotas. A Fuvest também mudou a prova de habilidades específicas. As de artes visuais , por exemplo, foram eliminadas e as provas de música e artes cênicas serão on-line.

Pela primeira vez, a USP vai reservar metade das vagas para candidatos de escolas públicas e a Unicamp não vai usar a nota do Enem como forma de ingresso. Neste ano, o Enem não é mais um caminho para entrar na Unicamp.

No ano passado, 40% das vagas foram destinadas às cotas. A Fuvest destaca a importância do aumento para 50% no vestibular do ano que vem. “Eu considero esse um fato notável e ele tem que ser registrado com ênfase porque ele revela, demonstra o interesse da USP pela inclusão dos alunos das classes mais desfavorecidas, ou seja, aqueles que na maior parte da Fuvest”, afirma a Prof. Dra. Belmira Bueno, diretora-executiva do Fuvest.

Na USP, a mudança da data do Enem não interferiu no plano da universidade de tornar o Sisu uma das principais modalidades de ingresso e, pela primeira vez, metade das vagas da universidade será destinada a alunos que cursaram o Ensino Médio todo em escolas públicas. No próximo ano, serão oferecidas 11.147 vagas, das quais 8.242 destinadas para seleção pelo vestibular da Fuvest. As 2.905 vagas destinadas pela Universidade de São Paulo para a seleção de estudantes pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu)/Enem estão mantidas.

Outras regras para o vestibular da Fuvest também foram oficializadas nesta quarta-feira (22). A principal diferença está relacionada às provas de habilidades específicas. As de artes visuais foram eliminadas e as provas de música e artes cênicas serão on-line. As inscrições vão de 31 de agosto até 23 de outubro. A taxa de inscrição custa 182 reais. Pedidos de isenção ou redução do valor podem ser feitos até a próxima sexta-feira, dia 24, e as provas serão aplicadas em duas fases. A primeira, no dia 10 de janeiro, e a segunda nos dias 21 e 22 de fevereiro.

Há três anos a Olívia tenta uma vaga pra medicina na USP. Ela sempre estudou em escola particular e faz cursinho e não vê a hora de entrar numa das faculdades mais disputada do país.

“Eu acho mais do que justo, eu entendo que algumas pessoas acabam se sentindo prejudicadas, mas acho que não é o caso, acho que eu venho de uma realidade de escola particular, então eu sei os privilégios que eu tive durante meus anos de ensino médio, fundamental, e eu sei que a realidade das pessoas que vêm de escola pública são diferentes, e eu acho que elas merecem uma oportunidade assim como eu”, conta Olívia Naves de Andrade, estudante de 19 anos.

Praça do Relógio, na Cidade Universitária da USP, em São Paulo — Foto: Divulgação/USP
Praça do Relógio, na Cidade Universitária da USP, em São Paulo — Foto: Divulgação/USP

Unicamp

A universidade anunciou que a data da prova “impossibilita que a comissão receba os resultados a tempo das matrículas na Unicamp em 2021”. Por isso, todas as 639 vagas reservadas para o Enem passam para o vestibular, respeitando o percentual destinado a candidatos de escolas públicas e autodeclarados pretos e pardos.

No total, 40% das vagas na Unicamp serão reservadas a esses candidatos. A universidade também reabriu o período para solicitação de isenção do pagamento da taxa de inscrição do vestibular, que agora pode ser feito até o dia 31 deste mês.

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