De acordo com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), apesar do crescimento, número ainda não é o mesmo que antes da pandemia do coronavírus.
Empresas voltaram a contratar e a abrir novas vagas de estágio e de menor aprendiz, no entanto, apesar do crescimento o número ainda não é o mesmo que antes da pandemia do coronavírus, segundo um levantamento feito pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).
O estudo mostra que as contratações de estagiários e de aprendizes voltaram a crescer a partir de junho no estado de São Paulo, quando foram registradas 3.900 contratações. Em julho, o número chegou a 5.869 novas contratações.
“A medida que a economia ou uma área ou outra vai abrindo a possibilidade de um atendimento ou atuação, economicamente falando, a gente percebe que é possível. Isso é um indicativo, que diretamente as vagas vão tendo uma retomada”, disse a gerente de operações do CIEE, Mônica Vargas.
No entanto, apesar do crescimento nas contratações nos últimos dois meses, o primeiro semestre deste ano acumula uma queda de 16% no número de vagas abertas para estagiários em São Paulo e de 23,4 % para aprendizes em comparação com o mesmo período do ano passado.
As empresas culpam a pandemia e a incerteza quanto ao futuro pelo baixo crescimento nas contratações, no entanto, algumas áreas já começaram a reagir. Uma das empresas que contratou durante a pandemia possui cinco estagiários, e destes pelo menos três foram contratadas durante o período, outras dez vagas abertas para o cargo.
A empresa funciona há 6 anos, mas apenas em 2019 abriu vagas pra estágio. Um dos estagiários contratados foi o estudante Vitor Caruzo que procurava emprego desde o ano passado.
“Eu estou achando muito legal porque eu estou aprendendo muita coisa que eu não fazia ideia em relação a escritório e convívio profissional. Estou aprendendo bastante coisa”, afirma o estagiário Vitor Caruzo.
A dona da empresa conta que treina os funcionários para usar o computador, mas a principal habilidade exigida é a comunicação, saber conversar com o cliente.
“Somos uma empresa pequena, então é muito mais fácil você contratar o estagiário e a vontade de aprender que o estagiário tem, é diferente do pessoal mais velho. A pessoa não precisa ter a experiência, ela precisa ter muita força de vontade pra q se encaixe com a gente aqui”, disse a dona da empresa, Christiane Crepaldi.
O estudante Pedro Gardim conseguiu o primeiro estágio na área de tecnologia durante a pandemia e a empresa que o contratou ainda tem vagas abertas.
“Quando eu passei assim, me emocionei, né? Porque depois de tanta expectativa assim, em plena crise, conseguir uma oportunidade dessa! Todo dia conquistando novos caminhos aqui dentro da empresa… é surreal! Maravilhoso!”, conta Pedro Henrique Gardim.
Devido a pandemia, a gerente do CIEE conta que todo o processo seletivo, até a fase das entrevistas, pode ser feito por vídeo-conferência.
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