O comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, disse não acreditar na eficácia da vacina anunciada nesta terça-feira, 11, pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. “Tomara que eu esteja errado, mas é muito difícil acreditar na existência de uma vacina já com a eficácia testada em um prazo tão curto de tempo, ainda mais vindo da Rússia”, afirmou. Para Augusto, “o tempo é muito curto”. “Acho que estão brincando com a esperança e aflição das pessoas. Putin é capaz e fazer isso e muito mais”, continuou. Embora o presidente tenha garantido que a vacina é “eficaz” e que passou em todos os testes necessários, inclusive que uma de suas filhas foi vacinada e passa bem, há muita desconfiança entre a comunidade científica a respeito da confiabilidade do composto, já que o país não divulga informações sobre as pesquisas ou método de elaboração da fórmula.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu com cautela a notícia, e lembrou que a imunização, como as demais, deve seguir os procedimentos de pré-qualificação e revisão estabelecidos pela agência. Segundo Augusto, a OMS ter tido essa postura o faz “pensar o contrário”. “Temos a Rússia afirmando que tem uma vacina, e quando a Rússia diz algo, pendo a pensar o contrário. Mas daí vem a OMS que é outra referência minha e diz que não tem vacina, e como eu não acredito na OMS tendo a achar que pode existir”, afirmou. O comentarista concluiu, no entanto, que “por enquanto não acredita que a vacina já foi encontrada”, mas que isso “deve estar próximo de acontecer”.
Augusto também comentou sobre o ranking criado pelo governo de Jair Bolsonaro que associa governadores às mortes pela Covid-19, após o país atingir os 100 mil óbitos. “A reação é justa, porque o Brasil é o único país que achou um responsável pelo coronavírus. Todos os grandes jornais, repórteres, editoriais, estavam dizendo que o fato do Brasil ter 100 mil mortes é culpa de Bolsonaro. Isso é uma brincadeira”, disse, lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no início da pandemia, que os estados e municípios teriam autonomia sobre as medidas restritivas a serem adotadas.