Beirute, capital do Líbano, teve nova leva de protestos nesta segunda-feira (10). A população foi as ruas contra o governo, em manifestação que, como no fim de semana passado, exigia justiça para as vítimas das explosões registradas na última terça-feira que transformaram a capital do país em uma zona de guerra e deixaram mais de 150 mortos e 5 mil feridos e desabrigados. A profunda crise política culminou com a renúncia do primeiro ministro, Hassan Diab, e toda a equipe ministerial. A ministra da Informação do Líbano, Manal Abdel Samad, e o ministro do Meio Ambiente, Damianos Kattar, foram os primeiros a anunciarem suas renúncias, no domingo.
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As autoridades libanesas temem que as explosões possam provocar uma crise alimentar no país, já que o Líbano importa 85% do que consome e já enfrentava dificuldades econômicas. Parte do trigo estocado na capital Beirute foi destruído e a população está preocupada com a possível falta de pão. As manifestações no país do oriente médio começaram no dia 17 de outubro de 2019, quando o primeiro-ministro Saad Hariri foi forçado a renunciar do cargo.
Os especialistas libaneses investigam se uma substância usada na produção de explosivos e fertilizantes pode ter sido a causa da enorme explosão que arrasou parte da capital Beirute na terça-feira, 04. Segundo o presidente libanês, Michel Aoun, toneladas de nitrato de amônio vinham sendo armazenadas num depósito na região portuária havia pelo menos seis anos sem o devido cuidado. Incidentes semelhantes com a mesma substância já foram registrados em outras partes do mundo. Outras hipóteses, como a de um atentado, porém, ainda não estão descartadas.
Ajuda do Brasil
O ex-presidente Michel Temer disse, por meio de nota, no último domingo (9), que está honrado com o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Ainda de acordo com o documento, quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa.
