Em videoconferência com chefes de Estado em apoio ao Líbano, o presidente da França, Emmanuel Macron, pediu às lideranças políticas do país que ajam para evitar o colapso após a explosão no porto de Beirute, que matou pelo menos 158 pessoas e deixou milhares de desabrigados, além de mais de 5 mil feridos. Macron também pediu que as autoridades políticas libanesas respondam ao apelo da população por responsabilidade. “O futuro do Líbano está em jogo”, disse ele durante conferência virtual com outros chefes de Estado na manhã deste domingo.
A França, os Estados Unidos e outros países se mobilizam para ajudar a reconstruir a capital do Líbano, um dia depois que milhares de manifestantes saíram às ruas para exigir justiça pela explosão que atingiu o país na última terça-feira. O presidente francês Emmanuel Macron é o anfitrião da conferência virtual de doadores apoiada pelas Nações Unidas neste domingo. Em uma declaração de abertura da conferência, Macron disse que o acesso a cuidados de saúde e alimentação e a necessidade de escolas e moradia são as principais prioridades.
Jair Bolsonaro também participou da videoconferência organizada por Macron e prometeu ajuda humanitária ao Líbano. Bolsonaro chamou o ex-presidente Michel Temer, filho de libaneses, para chefiar a missão. Na mesma reunião, o presidente do Líbano, Michel Aoun, afirmou que vai investigar as causas da explosão e disse que “ninguém está acima da lei”. Até o momento, 16 pessoas já foram detidas, incluindo o presidente da alfândega do país. Neste sábado, 8, o primeiro-ministro do Líbano Hassan Diab, disse que a saída para a atual crise política e econômica no país deve ocorrer por meio da antecipação das eleições.
*Com Estadão Conteúdo