Ação é realizada na manhã desta terça-feira em São Paulo e Rio de Janeiro. Investigação aponta prejuízo estimado de R$ 94 milhões ao patrimônio público. São investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, estelionato, violação de sigilo funcional e formação de organização criminosa.
A Polícia Federal em Santa Catarina cumpre, na manhã desta terça-feira (4), 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP), Praia Grande (SP), São Vicente (SP) e Rio de Janeiro (RJ), em residências de investigados e sedes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).
A Operação Postal Off II, que busca desarticular organização criminosa suspeita de subfaturar valores devidos à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e desviar para si grandes clientes no segmento de postagem de cartas comerciais.
Conforme a PF, a investigação aponta prejuízo estimado de R$ 94 milhões ao patrimônio público. São investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, estelionato, violação de sigilo funcional e formação de organização criminosa.
Nesta fase da operação, segundo a PF, foi identificada a suspeita de participação de um empresário titular de agências franqueadas dos Correios e de sete funcionários da referida empresa pública, que auxiliavam nas postagens ilegais e subsidiando interesses empresariais do grupo criminoso.
Também foram expedidos mandados de afastamento de funcionários dos Correios de suas funções e deferidas medidas cautelares diversas da prisão, que determinam aos investigados restrições ao direito de ir e vir, bem como o compromisso de comparecimento a todos os atos do inquérito policial e de eventual processo criminal, sob pena de decretação de prisão.
Investigação
A investigação teve início em novembro de 2018 no estado catarinense, a partir do primeiro indício de crime encontrado.
De acordo com a PF, é investigada a participação ativa de funcionários dos Correios, que teriam feito com que grandes cargas dos clientes fossem distribuídas no fluxo postal sem faturamento ou com faturamento muito inferior ao devido. O atuação do grupo ocorria nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Na primeira fase da operação, foram deferidas medidas cautelados de bloqueio de bens dos investigados, como carros de luxo, iate, um avião, imóveis de alto padrão e contas bancárias com altos valores em depósito, de aproximadamente R$ 55 milhões. Segundo a PF, utilizado para recuperar parte dos prejuízos aos cofres públicos.
Em ambas as fases, a investigação contou com a colaboração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, segundo a PF.