O nível de confiança foi observado em entrevistados de todas as idades, nível de escolaridade e condições sociais. Apenas 10% se declararam pessimistas com o futuro, segundo a pesquisa.
Uma pesquisa do instituto Datafolha aponta que a maioria dos paulistanos está otimista com a vida pós-pandemia do coronavírus. A pesquisa, que foi publicada na edição desta sexta (31) do jornal “Folha de S.Paulo”, mostra que:
- 85% dos paulistanos estão otimistas;
- 10% se declararam pessimistas;
- 3% não sabem
- 1% indiferente.
No grupo dos otimistas, 58% se dizem muito otimistas. O Datafolha ouviu 700 pessoas entre os dias 2 e 6 de julho. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
O nível de confiança no futuro está presente em todas as regiões da cidade, idades e graus de escolaridade. Não há distinção entre famílias com mais ou menos renda ou entre homens e mulheres. Veja o perfil por renda:
- 80% das pessoas que recebem até dois salários mínimos se declaram otimistas;
- 87% das pessoas que recebem acima de dez salários mínimos também se declaram otimistas;
O levantamento mostra que 46% dos que se declaram otimistas disseram estar recebendo um salário menor do que antes da quarentena.
O estresse provocado pelo distanciamento social não prejudicou os relacionamentos familiares para 95% ao serem questionados sobre a convivência com filhos, maridos e esposas, segundo o levantamento.
E contrariando os dados do aumento de divórcios e queda no número de casamentos durante a quarentena, 32% dos paulistanos dizem que a vida com seus parceiros melhorou durante a pandemia. Já para 6% dos entrevistados, o relacionamento piorou e para o restante dos casais permaneceu igual.
Quando o tema é trabalho doméstico:
- 96% dos entrevistados dizem estar fazendo tarefas domésticas;
- 60% estão fazendo além do normal;
- 96% das mulheres e 78% dos homens estão cozinhando;
- 55% dos pais ajudam os filhos com tarefas escolares.
Quando questionados sobre o home office, prática difundida durante a pandemia, apenas 44% da população que trabalha na capital paulista diz ter aderido ao trabalho remoto e 56% dizem que precisam sair de casa para trabalhar.
- 19% dos entrevistados que recebem até dois salários mínimos estão em home office;
- 60% dos que ganham entre 5 e 10 salários mínimos trabalham de casa;
- e 71% dos que ganham mais do que dez salários mínimos fazem home office.
Um dos motivos da discrepância é o acesso à internet, o que mostra o abismo social existente na cidade. Segundo o Datafolha, 12% dos moradores da cidade de São Paulo não têm acesso à internet, o que impede o isolamento social e o ensino a distância, já que as escolas estão fechadas.
Quando o assunto é diversão, a pesquisa aponta que:
- 91% dos paulistanos têm escutado música;
- 88% têm assistido televisão;
- 80% acompanham filmes e séries.
Quando o assunto é leitura, existe diferença conforme o grau de escolaridade dos entrevistados:
- 39% dos que leem livros na quarentena concluíram o Ensino Fundamental;
- 73% dos que possuem Ensino Superior estão lendo;
- consideram a população geral, independente da escolaridade, 23% estão lendo mais na quarentena e 41% afirmam não ter lido nenhum livro durante esse período.
A falta de atividade física provocada pelo distanciamento social e fechamento de parques mostra que:
- 25% dos paulistanos estão se exercitando menos;
- 39% disseram estar sedentários;
O sedentarismo entre as mulheres é de 44%. Dentre os que possuem ensino fundamental, 53% dizem que não praticam atividades físicas.
O que os paulistanos afirmam fazer com maior frequência durante a quarentena:
- 60% tarefas domésticas
- 55% ajudar os filhos com tarefas escolares
- 52% cozinhar
- 48% ver filmes e séries
- 43% assistir à TV
- 36% comprar produtos de limpeza
- 32% trabalhar em casa
- 31% pedir comida
- 29% doar alimentos ou produtos de higiene
- 27% cuidar dos animais e plantas
- 23% ler livros
- 17% ler jornais
- 14% compras roupas pela internet
- 13% jogar videogame
- 12% fazer supermercado pela internet.