Categoria recebeu nova proposta do governo e aprovou suspensão após assembleia virtual no início da madrugada desta terça (28). Apesar do cancelamento, estações abriram com atraso porque muitos funcionários do plantão noturno não apareceram para trabalhar às 23h. Às 7h30, operação estava normalizada.
Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia extraordinária virtual realizada no início da madrugada desta terça-feira (28), suspender a paralisação marcada para 0h desta terça-feira (28).
Mesmo com a suspensão da greve, as estações amanheceram fechada porque funcionários do plantão noturno não apareceram para trabalhar às 23h.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários, o governo do estado apresentou uma nova proposta no final da noite de segunda (27). A paralisação havia sido anunciada após cortes de 10% nos salários dos empregados, divulgado na última quinta (24) pela Metrô paulista.
Atraso na operação
A operação foi retomada com atraso e as estações registraram aglomerações e filas nas catracas.
Às 7h30, quase 3 horas depois do horário de abertura, todas as estações estavam abertas e as linhas funcionando normalmente, segundo o Metrô.
A estação Chácara Klabin, Linha 5-Lilás do Metrô, permaneceu fechada até as 6h. Os passageiros reclamam de falta de ônibus do Paese para ligação com a Linha 2-Verde.
A Linha 1-Azul do Metrô, que liga a Zona Norte à Zona Sul, também amanheceu fechada. Na estação Tucuruvi, por volta das 6h20, as portas estavam fechadas e havia aglomerações de passageiros no local, que tentavam embarcar. Na estação Tucuruvi, usuários chegaram a arrombar um dos portões.
Pelas redes sociais, o secretário estadual de Transportes, Alexandre Baldy, lamentou o atraso na abertura das estações e fez críticas ao sindicato.
“Após diálogo, o sindicato realizou nova assembleia encerrando a votação a 1h da manhã e decidiram suspender a greve pelo acordo que realizei com os mesmos através de votação. Um sentimento que percebo no Sindicato de falta de humanidade e responsabilidade com a população”, diz o texto.
Rodízio suspenso
Por conta do anúncio da paralisação, a Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o Rodízio Municipal de Veículos (automóveis) nesta terça. A medida foi mantida mesmo com o cancelamento da greve.
A cobrança de Zona Azul também está suspensa em toda a capital, mas o rodízio de caminhões segue valendo na cidade, segundo comunicado da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.
De acordo com a prefeitura, os corredores e faixas exclusivas de ônibus vão se manter ativos durante toda a terça-feira para favorecer o deslocamento do transporte público.
A SPTrans também informou que as linhas municipais atendem todas as ligações do Metrô e a empresa reforçará, principalmente, a linha 4310 ET (Itaquera – Terminal Pq. Dom Pedro II), que faz a ligação no eixo da Linha 3-Vermelha do sistema metroviário, para auxiliar no deslocamento dos paulistanos entre a Zona Leste e o Centro.
Detalhes do acordo:
- 1 – Manutenção do adicional noturno de 50%, com o pagamento de adicional noturno de 25% pelo período de seis meses, e o adiamento da diferença de 25% de adicional noturno que devem ser pagos integralmente nos seis meses subsequentes.
- 2 – Manutenção da gratificação por tempo de serviço, com garantias dos valores adquiridos até 30/04/2020, e a aplicação da aplicabilidade do percentual pelo período de seis meses, retomando-se o pagamento do direito adquirido neste período no sétimo mês, com o consequente pagamento dos respectivos valores retroativos à data de aquisição da progressão.
- 3 – Manutenção no adicional normativo de férias, com o adiamento do pagamento da diferença entre o valor adicional normativo e o 1/3 constitucional, pelo período de seis meses, com o consequente pagamento no sétimo mês dos respectivos valores retroativos à data do gozo. Com a realização do acordo, os valores de auxílio transporte suprimidos a partir de 30/06, serão ressarcidos.
- 4 – Renovação do ACT, em todas as suas cláusulas por 12 meses, com vigência de 01/05/2020 a 30/04/2021.
- 5 – Manutenção do adicional de horas extras de 100%, com o pagamento de adicional de 50% pelo período de de seis meses, e o adiamento da diferença de 50% dos adicionais de horas extras, que devem sr pagos integralmente nos seis meses subsequentes, exceto as horas extras compulsórias, que devem ser pagas integralmente (100%).