Pandemia de coronavírus provocou diminuição da renda e aumento do desemprego, segundo a Fecomercio São Paulo. Prejuízo no estado pode passar dos R$ 11 bilhões.
Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) aponta que as vendas no Dia dos Namorados deste ano terão uma queda de 20% em relação ao ano de 2019. O prejuízo no comércio do estado de São Paulo pode passar dos R$ 11 bilhões.
O Dia dos Namorados é a terceira data mais importante para o comércio, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.
A queda ocorre porque as famílias tiveram suas rendas reduzidas devido à alta do desemprego e do endividamento com a pandemia de coronavírus, com a compra focada apenas em produtos essenciais, como alimentos e remédios.
“A digitalização foi essencial para os varejistas no período de pandemia. Não somente o e-commerce, as vendas on-line, mas também a exposição da sua máquina, do seu produto, serviço através das redes sociais. Então a digitalização do negócio foi bastante importante para que houvesse essa redução de estoque para gerar um pouco de caixa e aliviar um pouco os varejistas nesse momento de pandemia”, afirmou Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomércio.
De acordo com a Fecomercio, a expectativa de queda no primeiro semestre será de 11% comparado ao mesmo período do ano anterior.
O segmento de vestuário, que costuma apresentar altas em junho em virtude da compra de presentes para os namorados, tende a um recuo de 44% nas vendas e prejuízo de até R$ 2,2 bilhões. No acumulado do ano, a queda deve ser de 28%, refletindo também a baixa nas vendas no Dia das Mães.
Para a Federação, com a retomada gradual e em fases, respeitando as condições regionais, a recuperação deverá se dar de forma muito lenta, em que a grande parte do varejo não está operando de forma plena ao longo do mês, limitando, portanto, as vendas no Dia Dos Namorados. Além disso, a estrutura do comércio varejista também voltou debilitada, com quadro reduzido de funcionários, endividamento, baixa liquidez e níveis de estoques inadequados.