As vítimas desapareceram em abril e os corpos ainda não foram encontrados.
A Polícia Civil de São Paulo identificou 16 suspeitos e prendeu 13 deles por participarem do assassinato de dois homens em São Bernardo do Campo em abril. O inquérito foi concluído nesta terça-feira (13) e a polícia acredita que as vítimas foram mortas por integrantes de uma facção criminosa.
Alexsandro Carlos Peixoto e Fernando Soares dos Reis eram amigos. Ambos tinham 29 anos. Eles desapareceram na região do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo. Uma testemunha, ouvida meses atrás, chegou a afirmar que os criminosos pensaram que uma das vítimas era policial, por usar um distintivo.
Mas as buscas feitas pela polícia levaram a uma nova linha de investigação que aponta que Alexsandro era usuário de droga e se desentendeu com traficantes de uma facção, que o levaram até uma chácara. Lá ele foi agredido e indagado sobre o paradeiro de seu amigo Fernando, que dias antes teria dito em um bar que a facção estava enfraquecida. Fernando sumiu no dia seguinte.
Uma denúncia anônima levou os policiais à chácara onde os amigos foram mantidos em cativeiro. Dois suspeitos foram presos no local: Kleomac Joaquim dos Santos e Bruno Miguel Amaral. A partir disso, a polícia conseguiu montar uma espécie de organograma com dezoito nomes envolvidos no crime.
Enquanto a polícia identifica os autores dos crimes, as famílias querem saber onde estão os corpos das vítimas, que até hoje não foram localizados.
A mãe de Alexsandro está desde abril à procura do filho. “Desde o dia que eu cheguei aqui, eu entrei no mato, eu entrei com facão cortando mato procurando o corpo do meu filho, e esses malditos fizeram bem feito, mas nada passa despercebido diante dos olhos de Deus”, afirmou.